sexta-feira, 31 de outubro de 2008

'Match Preview': Roma

Del Piero, Grygera e Legrottaglie estão de regresso ao lote dos convocados da Juve, tendo em vista a partida de amanhã frente à Roma, noite especial em que se festeja o 111º aniversário da Juventus!
Quem não terá certamente motivos para celebrar é Knezevic que se lesionou gravemente no joelho esquerdo, irá ser em breve submetido a intervenção cirúrgica estimando-se uma paragem não inferior a 3 meses...

Convocados (20): Chiellini, Mellberg, Amauri, Iaquinta, Del Piero, Nedved, Chimenti, Manninger, Camoranesi, Giovinco, Grygera, Sissoko, Ekdal, Molinaro, De Ceglie, Tiago, Marchionni, Legrottaglie, Rossi e Ariaudo.

Lesionados (9): Buffon, Zebina, Salihamidzic, Poulsen, Marchisio, Zanetti, Trezeguet, Knezevic e Jorge Andrade.

HISTÓRICO
Bianconeri e giallorossi mantêm uma rivalidade acesa ao longo de praticamente toda a história da Série A. A vantagem é largamente favorável à Juve nos jogos disputados em Turim. No ano passado um golo fantástico de livre de Alex Del Piero decidiu a partida da vecchia signora.

Jogos: 74
Vitórias Juve: 47
Empates: 20
Vitórias Roma: 7
Golos: 142-53

Recordistas Juve:
Presenças: Giuseppe Furino 14 jogos
Marcadores: Felice Borel II, Giampiero Boniperti e Alessandro Del Piero 6 golos

Último jogo:
16/02/2008
4ª jornada da 2ª volta: 1-0 (Del Piero)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Il ritorno della Furia Ceca!

Um enorme Pavel Nedved absolutamente decisivo na vitória em Bolonha! Assim se pode sintetizar a partida de ontem da Juve! Com 12 ausentes por lesão, La Furia Ceca, capitão de equipa e único representante da velha guarda, não enjeitou o assumir de responsabilidades e deu sequência às boas exibições ao obter um golo de grande classe, bem ao seu estilo, e outro algo fortuito, mas que não deixou de ser decisivo!

Desfalcado de 12 unidades, Ranieri não teve muito por onde escolher, fazendo alinhar os quatro defesas disponíveis. A única surpresa foi o regresso de Tiago à titularidade e em boa hora visto que o português esteve a um nível muito aceitável.
A Juve entrou bem na partida com o seu meio campo a dominar as operações e a impor o ritmo de jogo perante um Bolonha expectante e remetido à sua intermediária, embora não deixando de tentar o contra ataque, tendo mesmo assustado Manninger na sequência de um desses lances com Di Vaio aos 6' a romper sobre a meia esquerda e a rematar com a bola a sair ao lado da baliza juventina.
A toada do jogo não se alterou e pouco depois aos 12' Nedved junto à linha lateral, recebe um passe de Tiago e lança-se numa arrancada imparável rumo ao centro da área onde dispara um destro indefensável para Antonioli! Não foi uma das diagonais típicas de Pavel, mas não deixa de ser um lance de grande qualidade e revelador do bom momento de forma que o veterano checo atravessa.
O golo teve o condão de despertar o Bolonha que a pouco e pouco foi equilibrando a partida com a Juventus em vantagem a actuar mais na expectativa.
Até final do primeiro tempo apenas ligeiros ameaços de parte a parte, sem nunca porem verdadeiramente em causa as redes dos guardiões Antonioli e Manninger.
Aos 51' grande oportunidade para a Juve! Excelente jogada de Nedved na esquerda a libertar-se de um adversário e a assistir Amauri, que não conseguiu melhor que cabecear ao poste! Na recarga Marchionni, disparou desastradamente por cima da trave! O Bolonha respondeu de imediato com Marazzina solto na esquerda a tentar servir Mingazzini, mas Manninger atento na saída da baliza a anular a investida do Bolonha.
E logo a seguir o endiabrado Nedved, recebe uma bola de Iaquinta na faixa esquerda e tenta o cruzamento rasteiro, a bola é desviada por Marchini, acabando por entrar junto ao primeiro poste com algumas culpas para Antonioli! Há no entanto que valorizar mais uma boa acção de Nedved, sem dúvida o homem do jogo!
Ranieri retira Sissoko e lança o jovem Ekdal com a Juve cada vez mais a tentar controlar o jogo e a apostar no contra ataque. Aos 66' rápida contra ofensiva bianconera com Iaquinta a desmarcar Amauri sobre a meia esquerda a não conseguir aumentar a vantagem já que o remate saiu fraco e denunciado, defesa fácil de Antonioli. No minuto seguinte é Tiago que fica a centímetros do golo num remate de ressaca de fora da área de pé esquerdo com a bola a sair rente ao poste da baliza!
Aos 74' o Bolonha reduz na sequência de um pontapé livre sobre a meia direita cobrado por Carrus para Di Vaio a concluir facilmente de cabeça, beneficiando de um desastroso erro de marcação de Molinaro...
O Bolonha acreditava no empate e previa-se uns minutos finais intensos na busca do tento da igualdade. A Juventus continuou recuada e mais uma vez esteve perto do 3º golo desta vez por intermédio de Iaquinta a isolar-se numa iniciativa individual, mas a adiantar demais a bola permitindo a intervenção de Antonioli a seus pés! A bola ressaltou em Iaquinta e saiu mais uma vez pertíssimo do poste...
O Bolonha nunca desistiu e já em descontos Di Vaio tentou bisar, rematando à entrada da área, mas a bola saiu rasteira para defesa segura de Manninger.

Mais uma vez sem deslumbrar, longe disso, a Juve conseguiu nova vitória que a aproxima mais dos lugares da frente. É importante agora no sábado dar sequência a este triunfo perante a Roma, espera-se que pelo menos Del Piero e Legrottaglie estejam recuperados...

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Bolonha 1 - 2 Juventus

Série A, 9ª jornada
Estádio Renato dall'Ara em Bolonha
Árbitro: Trefoloni
Assistência: 25 mil espectadores

Golos: 74' Di Vaio; 12' e 56' Nedved

Bolonha (3*5*2): Antonioli; Moras, Castellini e Terzi; Zenoni (46' Marchini), Lavecchia (89' Bernacci), Mudingayi, Mingazzini (67' Carrus) e Bombardini; Marazzina e Di Vaio.
Treinador: Arrigoni
Amarelos: Marchini, Carrus e Mudingayi

Juventus (4*4*2): Manninger; Mellberg, Knezevic, Chiellini e Molinaro; Marchionni, Sissoko (60' Ekdal), Tiago (80' Camoranesi) e Nedved; Amauri (70' Giovinco) e Iaquinta.
Treinador: Ranieri
Amarelo: Molinaro

Buffon nomeado ao FIFA World Player

Foi divulgada hoje a lista de candidatos ao galardão de FIFA World Player 2008 com Gigi Buffon a ser o único jogador italiano no restrito lote de 23 nomeados. O guardião da Juventus volta a ser distinguido depois de ver o seu nome surgir nos nomeados à Bola de Ouro da France Football.
Kaká do Milan e Ibrahimovic do Inter são juntamente com Buffon os representantes do Calcio. Domínio claro e absoluto das ligas inglesa e espanhola com 9 representantes cada. O russo Arshavin do Zenit e o francês Ribery do Bayern Munique são os intrusos no quase monopólio das três maiores ligas europeias.
Voltando a Buffon, num ano em que nada venceu em termos colectivos, esta é mais uma prova inequívoca do reconhecimento da sua enorme qualidade.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

'Match Preview': Bolonha

A razia provocada pelas lesões continua na Juventus! Grygera, Salihamidzic e De Ceglie saíram lesionados do encontro com o Torino falhando assim a deslocação a Bolonha, tal como Legrottaglie e Del Piero, ambos a contas com problemas de sobrecargas musculares, sendo poupados tendo em vista o encontro de sábado frente à Roma.
Para amenizar um pouco a situação crítica em termos clínicos, Camoranesi e Tiago estão de regresso, embora seja muito provável que partam ambos do banco de suplentes.
A equipa provável deverá ser formada por Manninger na baliza, depois Mellberg e Molinaro nas laterais, Knezevic e Chiellini no centro da defesa. No meio campo a grande dúvida é entre Ekdal e Giovinco, o que condicionará a posição de Nedved. Marchionni e Sissoko também deverão ser titulares. Na frente Iaquinta juntar-se-á a Amauri.

Convocados (20): Chimenti, Manninger, Chiellini, Mellberg, Knezevic, Molinaro, Nedved, Camoranesi, Giovinco, Sissoko, Ekdal, Tiago, Marchionni, Amauri, Iaquinta, Nocchi, Castiglia, Rossi, Ariaudo e De Paola.

Lesionados (12): Del Piero, Legrottaglie, Grygera, Salihamidzic, De Ceglie, Poulsen, Marchisio, Zanetti, Buffon, Zebina, Trezeguet e Jorge Andrade.

HISTÓRICO
De enorme tradição as deslocações da Juve ao Renato Dall'Ara para defrontar o Bolonha, equipa de enorme palmarés, como o comprovam 7 scudetti e 2 Taças de Itália. Desde 2004 que a vecchia signora não se desloca à capital da região de Emilia-Romagna para defrontar a formação rossoblù em desafios da Série A.
Destaque ainda para a presença dos ex bianconeri Marco Di Vaio e Cristian Zenoni entre o plantel do Bolonha.

Jogos: 62
Vitórias Bolonha: 18
Empates: 20
Vitórias Juve: 24
Golos: 70-82

Recordistas Juve
Presenças: Mario Varglien I 12 jogos
Marcadores: Omar Sivori 5 golos

Último jogo:
12 Dezembro 2004
15ª jornada, 0-1 (Nedved)

domingo, 26 de outubro de 2008

Vitória da união!

A Juve venceu o derby della Mole muito graças à extraordinária união existente entre os seus jogadores durante toda a partida. Não realizando uma exibição espectacular, longe disso, a squadra soube sofrer, foi solidária e revelou uma entreajuda notável, decisiva na minha opinião para a obtenção do importante trunfo.

Ranieri apresentou a mesma equipa que tinha derrotado o Real Madrid, com excepção de Marchisio substituído por De Ceglie. O jovem canhoto actuou no lado esquerdo do meio campo, passando assim Nedved para o centro onde fez dupla com Sissoko. O Toro surgiu com um meio campo de quatro elementos e Rosina solto nas costas do avançado Bianchi.
Grande ambiente no Olímpico com excelente coreografia por parte dos adeptos de ambas as formações. Rosina tentou logo o remate de longe ainda antes de completo o primeiro minuto, mas a bola passou ao lado da baliza de Manninger. Mas, quem entrou verdadeiramente com o pé quente foi Sissoko, esteve muito perto do golo aos 6' e 11', primeiro num pontapé de ressaca fortíssimo a rasar o poste da baliza de Calderoni e depois num remate violento de meia distância para defesa apertada do guardião granata para canto!
A Juventus dominava a partida, controlava a posse de bola perante um Toro expectante no seu meio campo, que tentava responder com lançamentos longos para Bianchi.
Aos 21' acção de Del Piero pela direita, consegue ganhar a linha de fundo e tenta o cruzamento rasteiro para Amauri, a bola é interceptada pela defensiva granata, mas acaba por sobrar para Marchionni disparar de primeira para defesa assombrosa de Calderoni! A bola ressalta novamente para Marchionni, desta vez remata de sinistro rasteiro com Calderoni, muito seguro, a impedir mais uma vez o tento bianconero!
Por volta da meia hora o jogo endureceu com duas entradas completamente despropositadas por parte de dois jogadores do Torino. Primeiro Diana a atingir com grande violência o joelho direito de Nedved (foto de cima à esquerda) e aos 34' Barone a varrer positivamente Del Piero! Dois lances a roçar a violência que apenas foram punidos disciplinarmente com um cartão amarelo para Barone... Pelo meio destes lances, aos 33' num contra ataque conduzido por Bianchi sobre a meia direita, Manninger hesita na saída ao lance e fica a meio caminho, desprotegendo por completo a baliza, valeu a fraca pontaria do avançado granata...
Ao intervalo Mellberg rendia Grygera a contas com problemas musculares.
O segundo tempo começou praticamente com o golo bianconero na sequência de uma recuperação de bola de Nedved a meio campo, a lançar rápido Amauri sobre a meia esquerda, o brasileiro liberta-se de um adversário com um túnel de grande classe, progride rapidamente e já dentro da área remata de pé esquerdo rasteiro para o único golo da noite! Excelente jogada de Amauri, embora algumas culpas para Calderoni já que o remate não saiu propriamente forte nem colocado...
O Torino como que acordou e tentou equilibrar a contenda, acabando gradualmente por conseguir um efectivo domínio de jogo, embora algo consentido por parte da Juve, que preferiu apostar numa estratégia de contenção e num encurtamento de espaços defensivos.
Até final o Torino tentou sempre o golo do empate, entraram Amoruso e Ventola alargando a frente de ataque, ainda assustou por duas ou três vezes, mas a defesa bianconera esteve insuperável, em especial Legrottaglie e Chiellini, que estiveram simplesmente impecáveis!
No final da partida era enorme a alegria bianconera, festejos efusivos por parte dos jogadores e de Ranieri, numa prova inequívoca de que a squadra está unida rumo à recuperação na tabela classificativa.

sábado, 25 de outubro de 2008

Juventus 1 - 0 Torino

Série A, 8ª jornada
Estádio Olímpico em Turim
Árbitro: Rocchi
Assistência: 20 mil espectadores

Golo: 48' Amauri

Juventus (4*4*2): Manninger; Grygera (46' Mellberg), Legrottaglie, Chiellini e Molinaro; Marchionni, Sissoko, Nedved e De Ceglie (64' Giovinco); Amauri (81' Iaquinta) e Del Piero.
Treinador: Ranieri
Amarelos: Sissoko e Giovinco

Torino (4*4*1*1): Calderoni; Diana, Natali, Di Loreto e Pisano; Abate, Zanetti, Barone e Rubin (57' Abbruscato); Rosina (82' Ventola); Bianchi (71' Amoruso).
Treinador: De Biasi
Amarelos: Barone, Zanetti e Di Loreto

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

'Match Preview': Torino

Camoranesi esteve em dúvida até à última hora, mas infelizmente ainda não está nas condições ideais tendo por isso ficado de fora da convocatória para o jogo com o Torino. O italo-argentino era visto como uma boa opção para alinhar ao lado de Sissoko na intermediária, sendo assim deverá ser Nedved a jogar no centro do terreno deixando a faixa esquerda do meio campo para Salihamidzic, De Ceglie ou Giovinco.
Em relação à lista de convocados para o desafio com o Real Madrid apenas há a registar a baixa de Marchisio e as chamadas dos jovens Ekdal e Ariaudo.

Convocados (20): Manninger, Chimenti, Grygera, Chiellini, Mellberg, Legrottaglie, Knezevic, Molinaro, De Ceglie, Salihamidzic, Marchionni, Sissoko, Nedved, Giovinco, Del Piero, Iaquinta, Amauri, Ekdal, Rossi e Ariaudo.

Lesionados (9): Buffon, Zebina, Camoranesi, Zanetti, Marchisio, Tiago, Poulsen, Trezeguet e Jorge Andrade.

HISTÓRICO
O Derby della Mole é um clássico do futebol italiano e da cidade de Turim cujo primeiro desafio ocorreu em Janeiro de 1907, já lá vão mais de 100 anos. Deste então Juve e Toro já se enfrentaram por 180 ocasiões em partidas oficiais.
É grande a rivalidade entre os dois emblemas de Turim e é sempre um encontro muito especial com resultado imprevisível.
Desde a década de 60 que os bianconeri e os granata partilham o estádio. Os dados estatísticos seguintem referem-se apenas aos jogos disputados para a Série A com a Juve na condição de visitante.

Jogos: 66
Vitórias Juve: 32
Empates: 18
Vitórias Toro: 16
Golos: 110-71

Recordistas Juve
Presenças: Gaetano Scirea 13 jogos
Marcadores: Giampiero Boniperti 8 golos

Último jogo:
26/02/2008
6ª jornada da 2ª volta
0-0

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vitória do talento e sofrimento!

A Juventus voltou finalmente às vitórias e logo frente ao poderoso Real Madrid numa exibição muito conseguida por parte da squadra bianconera onde a mistura de talento e sofrimento fez toda a diferença! Esperemos que seja efectivamente o ponto de viragem rumo aos bons resultados, a tal sapatada na crise tão necessária! Com este triunfo e o empate registado entre Zenit e BATE, a Juve tem tudo para se qualificar para os oitavos de final.

Os regressos de Legrottaglie e Sissoko eram previsíveis, surpreendente foi a titularidade de Marchionni na faixa direita do meio campo em detrimento de Salihamidzic. Giovinco permaneceu no banco de suplentes. O Real Madrid surgiu no papel com uma equipa muito ofensiva com o trio Higuain, Raul e Van Nistelrooy na frente, apoiados pela dupla holandesa Sneijder-Van der Vaart.
Mas, foi a Juve que entrou melhor no desafio, com o meio campo muito pressionante a empurrar os merengues para trás. E logo aos 5' Del Piero e Amauri conseguem uma triangulação rápida e objectiva, Alex solta-se de Cannavaro (regresso a Turim brindado com coro de assobios sempre que tocava no esférico...) e de primeira desfere um remate potente e em arco, bem ao seu estilo, com a bola a sobrevoar um Casillas estático, sem a mínima hipótese de impedir o vitorioso remate! Grande lance de Del Piero, golo simplesmente fantástico! Explosão de alegria num Olímpico esgotado!
A Juve continuou a impor o ritmo e a dominar a partida embora sem criar lances de apuro para Casillas. Sissoko e Nedved impunham-se claramente no meio campo, Del Piero e Amauri extremamente versáteis tentavam combinações ofensivas e o melhor que os madrilenos conseguiram foi aos 11' um bom remate de longe de Van der Vaart com o esférico a passar rente ao travessão da baliza de Manninger.
As lesões não largam a vecchia signora e aos 37' num lance banal e ao mesmo tempo invulgar, Marchisio é atingido por Sissoko(!) sendo obrigado a sair! Com Tiago, Zanetti e Poulsen lesionados não restava mais nenhum centrocampista disponível vendo-se Ranieri obrigado a improvisar, lançando Salihamidzic para a esquerda do meio campo, fazendo derivar Nedved para o centro, lugar em que se destacou no início de carreira.
Até final do primeiro tempo a toada do jogo não se alterou. Legrottaglie, ainda não totalmente recomposto dos problemas musculares, ficou no balneário por precaução, entrando Mellberg para o seu lugar.
O segundo tempo começou da melhor maneira para a Juve com a obtenção do segundo golo logo aos 4' por intermédio de Amauri. Pepe sai mal a jogar entregando a bola para Nedved, que não se fez rogado e cruzou de imediato para Amauri cabecear nas costas de Heinze. A bola caprichosamente bateu no pé de Heinze, desviando a sua trajectória, acabando por bater no poste e entrar na baliza de Casillas, que mais uma vez nada podia fazer!
Se o Real Madrid fosse uma equipa qualquer por certo teria sido a estocada final, mas não é e viu-se de imediato uma equipa transfigurada, assumindo o controlo total da partida e remetendo a Juventus para a sua grande área numa pressão sufocante! A troca de Higuain por Robben fez aumentar ainda mais o domínio merengue perante uma Juve de garra, que defendeu e lutou estoicamente! As chances sucediam-se, primeiro Sneijder tem um cruzamento perfeito para Van der Vaart, este completamente solto, beneficiando de tremenda falha de marcação do estático Mellberg, não consegue melhor que cabecear para fora perante um desamparado Manninger. Depois é Sneijder com dois remates fortes de meia distância, o primeiro bem parado por Manninger e o segundo a bater estrondosamente na base do poste da baliza do austríaco! O golo adivinhava-se e pouco depois na sequência de um cruzamento de Heinze e falha de marcação da defesa bianconera ao deixar sozinho Van Nistelrooy, este como exímio finalizador que é, não perdoou e cabeceou facilmente para o 1-2.
Faltava ainda muito para jogar e pensou-se que não tardaria a reviravolta madrilena! Puro engano! Com muita entreajuda, bastante sofrimento e um espírito de sacrifício notável os jogadores da Juve continuaram a lutar por cada posse de bola de forma impressionante, começaram a cortar as linhas de passe aos jogadores merengues e a pressão asfixiante acabou paulatinamente por se ir esbatendo a pouco e pouco. Ranieri desta vez esteve bem na substituição acabando por fazer entrar o veloz e rápido Iaquinta para o último quarto de hora no lugar do esgotado Amauri, que tal como Del Piero, defendeu que nem um leão, ajudando e muito na batalha de meio campo!

"Vocês estão na nossa alma, imensa e única", era a mensagem colocada numa faixa enorme na Curva Sud do Olímpico, testemunhando assim o apoio dos tiffosi a uma equipa que está a passar por grandes dificuldades na competição doméstica. A mensagem foi particularmente sentida quando o estádio guardou um minuto de silêncio em memória das duas pessoas (de um grupo de adeptos da Juve de Neuchatel e outras localidades suíças) que perderam a vida num acidente de viação no Norte de Itália, que teve ainda 26 feridos, quando viajavam rumo a Turim para assistirem à partida.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Juventus 2 - 1 Real Madrid

Champions, 3ª jornada
Estádio Olímpico em Turim
Árbitro: Stark (Alemanha)
Assistência: 26 mil espectadores

Golos: 5' Del Piero e 49' Amauri; 66' Van Nistelrooy

Juventus (4*4*2): Manninger; Grygera, Legrottaglie (46' Mellberg), Chiellini e Molinaro; Marchionni, Sissoko, Marchisio (37’ Salihamidzic) e Nedved; Amauri (77' Iaquinta) e Del Piero.
Treinador: Ranieri

Real Madrid (4*3*3): Casillas; Sergio Ramos, Pepe, Cannavaro e Heinze; Van der Vaart (76' Drenthe), Gago e Sneijder; Raul, Van Nilstelrooy e Higuain (54' Robben).
Treinador: Schuster

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

'Match Preview': Real Madrid

Poulsen saiu lesionado no decorrer da partida do San Paolo e confirmaram-se os receios de lesão muscular. O período de paragem do dinamarquês deverá rondar um mês.
Felizmente Iaquinta, Legrottaglie e Mellberg recuperaram das respectivas lesões e estão de volta ao lote dos convocados.
Sissoko, após cumprir suspensão frente ao Nápoles, também está de regresso.

Convocados (19): Manninger, Chimenti, Grygera, Chiellini, Mellberg, Knezevic, Legrottaglie, Molinaro, De Ceglie, Sissoko, Marchisio, Salihamidzic, Marchionni, Nedved, Giovinco, Amauri, Del Piero, Iaquinta e Rossi.

Lesionados (8): Buffon, Zebina, Zanetti, Tiago, Poulsen, Camoranesi, Trezeguet e Jorge Andrade.

HISTÓRICO
Juventus e Real Madrid são dois velhos rivais das competições europeias da UEFA tendo-se já encontrado por 12 ocasiões em partidas oficiais, todas a contar para a antiga Taça dos Campeões Europeus e para a actual Liga dos Campeões. 5 jogos já foram disputados em Turim, 5 em Madrid e 2 em terreno neutro (a final da Champions de 1998 em Amsterdão e o desempate dos 1/4 de final de 1962 em Paris).
Recordo particularmente com grande satisfação a meia final da Champions de 2003 onde uma grande exibição bianconera destroçou os galácticos. Para a história ficaram os soberbos golos de Trezeguet, Del Piero e Nedved, e a defesa de Buffon a um penalty de Figo! Sem dúvida, um dos melhores jogos que já vi da Juventus!
Eis a estatística dos jogos disputados em Turim:

Jogos: 5
Vitórias Juve: 4
Empates: 0
Vitórias Real Madrid: 1
Golos: 8-2

Recordistas Juve
Presenças: Alessandro Del Piero 3 jogos
Golos: Alessandro Del Piero e David Trezeguet 2 golos

Último jogo:
09/03/2005
2ª mão, 1/8 final 2-0 a.p. [Trezeguet e Zalayeta]

domingo, 19 de outubro de 2008

Buffon nomeado à Bola de Ouro

A revista France Football revelou hoje as identidades dos trinta jogadores nomeados à Bola de Ouro 2008. Nesse restrito lote surge o nome do bianconero Gigi Buffon, já distinguido com a Bola de Prata em 2006. Luca Toni, avançado do Bayern Munique, é o outro italiano nomeado. Iker Casillas, espanhol do Real Madrid e Van der Sar, holandês do Man Utd e antigo jogador da Juve entre 1999 e 2001, são os outros guarda-redes nomeados.
O vencedor do prestigiado troféu será conhecido no dia 2 de Dezembro.

Mais do mesmo...

A crise bianconera acentua-se com nova derrota na Série A, a segunda consecutiva, acrescida de cinco jogos sem vencer. Já se sabe de antemão o grau de dificuldade das partidas no San Paolo, ainda para mais com os partenopei em excelente forma e a Juve desfalcadíssima, o que não se estava propriamente à espera era mais uma tremenda prova da falta de categoria de Ranieri ao retirar Del Piero, um dos melhores bianconeri em campo, logo após sofrido o golo do empate para lançar De Ceglie, colocando-o na faixa esquerda do meio campo, passando Nedved para o centro, ficando a equipa com cinco médios, deixando Amauri sozinho na frente. Se a intenção foi poupar Del Piero tendo em vista a partida de 3ª feira da Champions e/ou segurar o resultado correu-lhe muito mal porque o Nápoles continuou melhor no jogo e acabou por marcar o segundo golo pouco depois, aproveitando mais um clamoroso erro defensivo sempre com Knezevic em destaque pela negativa, garantindo o triunfo no desafio. Em desespero de causa Ranieri lançou Giovinco a sete(!) minutos do final para o lugar do opaco Molinaro, mas já era tarde... Em declarações após o final da partida, Ranieri ainda tem o desplante de afirmar que a Juventus não está em crise! Se estar em 12º lugar a sete pontos do 1º classificado ao cabo de sete rodadas, sem vencer as últimas cinco partidas e praticando um futebol medíocre não é estar em crise, não vislumbro de momento outro adjectivo com que possa qualificar esta fase dos bianconeri... Para piorar ainda mais as coisas o administrador delegado, Jean-Claude Blanc reafirmou no final da partida o apoio ao técnico e que a Juventus deve manter-se unida...

Com 11 jogadores indisponíveis Ranieri viu-se obrigado a colocar Knezevic ao lado de Chiellini no centro da defesa. No meio campo Marchisio e Salihamidzic jogaram nos lugares normalmente ocupados por Sissoko e Camoranesi. Na frente a dupla Amauri-Del Piero. O Nápoles surgiu no seu já tradicional esquema de três defesas, cinco médios e dois avançados, com enorme destaque para duas jovens certezas do Calcio, o médio eslovaco Hamsik e o avançado argentino Lavezzi.

A Juve surgiu perigosa nas contra ofensivas orquestradas pela direita, nomeadamente por intermédio de Salihamidzic que aos 7' e 14' conseguiu ir à linha de fundo e assistir rasteiro para trás Poulsen e Nedved. O remate do dinamarquês foi desviado acabando Iezzo por negar o golo com uma defesa enorme, enquanto o do checo saiu desastroso por cima da trave. Aos 22' Amauri dá novo sinal de perigo ao cabecear rente ao poste após cruzamento de Del Piero.
O Nápoles apenas teve a primeira verdadeira chance de golo aos 26' na sequência de um cruzamento de Maggio para a marca de penalty, onde surgiu Hamsik a cabecear de cima para baixo para defesa apertada e a dois tempos de Manninger.

Aos 37' Del Piero tenta o golo num pontapé livre a cerca de 30-35 metros da baliza, através de um remate em arco, pleno de efeito, mas Iezzo muito atento desviou para canto.
Maggio estava em grande plano no corredor direito, Molinaro sentia grandes dificuldades em pará-lo e aos 59' o ala napolitano entrou em grande velocidade pela defesa bianconera, isola-se e já na cara de Manninger remata à figura do guardião austríaco! Grande chande para o Nápoles! A Juve responde de imediato aos 61' através de boa combinação entre Salihamidzic e Poulsen, o dinamarquês vai à linha de fundo e cruza para a antecipação de Amauri sobre Cannavaro, desviando para o fundo das redes de Iezzo! Estava feito o primeiro golo da noite e para a Juventus!

Mas, durou pouco a vantagem juventina, aos 64' ataque rápido de Maggio pela direita e cruzamento certeiro para Hamsik cabecear à vontade para o empate! Tremendo erro de marcação da defesa bianconera, em especial de Knezevic, completamente perdido em campo...
Pouco depois Ranieri procedia à polémica substituição de Del Piero por De Ceglie...
O Nápoles dominava a partida e dava a ideia que poderia mesmo vencer o desafio perante uma Juve cada vez mais remetida ao seu meio campo e sem ideias ofensivas, muito por culpa das saídas de Del Piero e Poulsen por lesão. O dinamarquês muito aguerrido e combativo terá feito a melhor exibição como juventino.

Aos 80' jogada de insistência do Nápoles pelo centro do terreno, Knezevic tem um corte suicida para o meio, mesmo direitinho para Lavezzi, que rapidamente se isolou, não tendo dificuldades em desfeitar Manninger! Estava feito o golo do triunfo dos partenopei!
Giovinco ainda tentou espicaçar um pouco o jogo bianconero, mas o melhor que conseguiu foi ganhar um pontapé livre sobre a meia direita aos 89', tendo cobrado o castigo para Chiellini cabecear forte, mas à figura de Iezzo.
No último minuto Denis teve ocasião soberba para aumentar a contagem, tentou um chapéu a Manninger, mas a bola saiu ao lado da baliza bianconera...


Pela madrugada, à chegada ao aeroporto de Turim, cerca de três dezenas de adeptos da Juventus, da claque Drughi Bianconeri, dirigiram-se pacificamente à comitiva juventina recém chegada através de uma declaração proferida por um desses elementos. Ranieri, Secco, Blanc, Nedved e Buffon escutaram atentamente as ideias dos tiffosi: "Achamos necessário um esclarecimento sem elevar o tom. É por isso que somos apenas um punhado de adeptos, este é o estilo 'Juve'. Nem a atitude de uma 'società' que num momento como este aumenta o preço dos bilhetes e coloca-nos problemas na coreografia nos impede de vir aqui reiterar o apoio à equipa e ao treinador porque há dois jogos fundamentais em vista [Real Madrid e Torino]. Queremos que os jogadores dignifiquem a camisola que vestem! Estamos cansados de ver uma equipa morta e desprovida de ideias em campo... Esta noite foi um espectáculo degradante. Nós pensamos que devemos começar a partir de Buffon e Nedved para remotivar o grupo e voltar a ganhar. 'Gigi' esteve em Nápoles [a despesas próprias] para apoiar a equipa, mesmo estando lesionado: é este o espírito de união entre a equipa que queremos ver..."

sábado, 18 de outubro de 2008

Nápoles 2 - 1 Juventus

Série A, 7ª jornada
Estádio San Paolo em Nápoles
Árbitro: Saccani
Assistência: 30 mil espectadores

Golos: 64' Hamsik e 80' Lavezzi; 61' Amauri

Nápoles (3*5*2): Iezzo; Santacroce, Cannavaro (64' Aronica) e Contini; Maggio, Blasi, Gargano, Hamsik e Vitale (46' Mannini); Lavezzi e Zalayeta (68' Denis).
Treinador: Reja
Amarelos: Gargano, Blasi e Lavezzi

Juventus (4*4*2): Manninger; Grygera, Knezevic, Chiellini e Molinaro (83' Giovinco); Salihamidzic, Poulsen (75' Ekdal), Marchisio e Nedved; Del Piero (71' De Ceglie) e Amauri.
Treinador: Ranieri
Amarelos: Poulsen, Molinaro, Salihamidzic e Grygera

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

'Match Preview': Nápoles

Ranieri deparou-se com apenas 15 jogadores do plantel principal disponíveis para defrontar o Nápoles, vendo-se assim na obrigação de chamar 5 jovens da equipa Primavera: Ekdal, Rossi, Ariaudo, Pinsoglio e Marrone.
Tiago é a baixa mais recente ao ter-se lesionado durante o treino de hoje.

Convocados (20): Chimenti, Manninger, Grygera, Chiellini, Knezevic, Molinaro, De Ceglie, Salihamidzic, Marchionni, Poulsen, Marchisio, Nedved, Giovinco, Amauri, Del Piero, Ekdal, Rossi, Ariaudo, Pinsoglio e Marrone.

Lesionados (10): Legrottaglie, Camoranesi, Mellberg, Tiago, Iaquinta, Buffon, Zanetti, Zebina, Trezeguet e Jorge Andrade

Suspenso (1): Sissoko

HISTÓRICO
O Nápoles e os seus adeptos encaram sempre com grande fervor a recepção à Juventus, devido à enorme rivalidade existente entre ambas as equipas. É norma o San Paolo estar esgotado e amanhã não deverá ser excepção. Nos mais de 60 jogos já disputados no escalão máximo do futebol italiano regista-se um enorme equílibrio como se comprova pela estatística. O jogo da temporada passada ficou marcado por dois graves erros do árbitro Bergonzi ao transformar simulações de Lavezzi e Zalayeta em duas grandes penalidades...

Jogos: 62
Vitória Nápoles: 18
Empates: 24
Vitórias Juve: 20
Golos: 70-72

Recordistas Juve
Presenças: Gaetano Scirea 13 jogos
Marcadores: Giampiero Boniperti, Omar Sivori e Alessandro Del Piero 3 golos

Último jogo:
27/10/07 3-1 [Gargano e Domizzi (2 g.p.); Del Piero]

Giovinco até 2013

Excelente notícia! Sebastian Giovinco renovou hoje contrato com a Juventus até 2013! O salário foi substancialmente melhorado, falando a imprensa italiana num valor a rondar o milhão de euros anuais. O acordo foi assinado na sede Corso Galileo Ferraris com a presença do presidente Giovanni Cobolli Gigli, do administrador Jean Claude Blanc e do director desportivo Alessio Secco.
No final da cerimónia la Formica Atomica declarou: "Estou feliz em continuar a vestir a camisola bianconera durante os próximos cinco anos e espero que possam ser muitos mais. Sou natural de Turim e sou desde sempre bianconero e, com excepção da última temporada, sempre vesti estas cores. Comecei a jogar na Juventus com 8 anos de idade e hoje, com esta assinatura, começa uma nova fase da minha carreira com o aumentar das responsabilidades e das expectativas criadas sobre mim. Devo agora empenhar-me em assumir o compromisso de dar alegrias à società e aos adeptos, dos quais sempre me senti muito próximo."

Resultados da 23ª sondagem

A 23ª sondagem bateu todos os recordes de participação ao ultrapassar pela primeira vez a marca das três dezenas! Por isso, o meu especial agradecimento a todos os 33 participantes!
A questão recaia na escolha de um antigo jogador bianconero para comandar a equipa técnica no caso de uma possível saída prematura de Ranieri. A disputa foi renhida entre Deschamps e Prandelli, com o antigo médio francês a sair vencedor com 14 votos correspondentes a 42% contra 12 escolhas (36%) para o actual treinador da Fiorentina.
A escolha de Deschamps pode-se explicar com a maneira pouco correcta como foi afastado do comando técnico da Juventus ainda antes do final da temporada de 2006/07 quando já tinha garantido a promoção à Série A. Pessoalmente, penso que deveria ter sido concedida a hipótese de comandar a squadra na Série A, opinião provavelmente partilhada por muitos dos nossos leitores. Prandelli tem feito um excelente trabalho em Florença e com certeza que seria também uma boa opção para liderar a Juve.
Referência ainda para os 6 votos (18%) recolhidos por Ciro Ferrara, actual responsável máximo do futebol juvenil da vecchia signora e adjunto de Lippi na selecção italiana. Vialli obteve apenas uma preferência dos nossos leitores enquanto o actual treinador do Bari, Antonio Conte e Claudio Gentile não mereceram qualquer nomeação.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Juventini in Nazionale

Quatro jogadores bianconeri estiveram em acção na jornada de selecções de ontem:

Manninger: noite complicada para o guardião austríaco ao sofrer três golos na derrota em Viena frente à Sérvia por 3-1


Chiellini: noite difícil para o central italiano ao dividir culpas com Cannavaro no golo de Vucinic. Apesar disso os azzurri venceram 2-1 o Montenegro e lideram o grupo.

De Ceglie: o sub-21 azzurro foi titular e actuou os 90' na vitória 3-1 em Telavive frente a Israel no jogo da 2ª mão do play-off de qualificação para a fase final do Europeu da categoria. Com este triunfo a Itália garantiu a presença na competição.

Knezevic: o central croata entrou a 12' do fim na vitória tranquila por 4-0 sobre a frágil Andorra.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

domingo, 12 de outubro de 2008

Juventini in Nazionale

Vários jogadores bianconeri estiveram em acção pelas respectivas selecções nas partidas de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2010. Eis a lista completa:

Manninger: o guardião austríaco foi titular no surpreendente empate a uma bola na deslocação às Ilhas Faroé.

Poulsen: o centrocampista dinamarquês actuou os 90' na vitória fácil sobre Malta por 3-0 em Copenhaga.

Grygera: o lateral direito checo foi substituído aos 58' por Sionko na derrota 1-2 frente à Polónia em Chorzow.

Chiellini: o defesa central italiano jogou os 90' e viu cartão amarelo no empate a zero contra a Bulgária na deslocação a Sófia num jogo que ficou marcado pelos desacatos provocados por adeptos italianos fascistas.

Sissoko: o médio maliano foi titular e foi admoestado com o cartão amarelo na vitória 2-1 sobre o Chade, garantindo assim a presença na fase final da CAN 2010 e no grupo final de qualificação para o Mundial da África do Sul.

Marchisio e Giovinco: os dois jovens actuaram o tempo completo no empate caseiro com Israel sem golos num encontro da 1ª mão do play-off de qualificação para a fase final do Euro-Sub 21.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Buffon, 2 meses de fora

Buffon realizou hoje em Vinovo uma ecografia para averiguar com exactidão o seu problema muscular e os resultados foram mais graves do que o previsto pelos médicos da selecção italiana.
Gigi sofre de uma lesão de segundo grau no adutor da coxa direita e deverá estar um mês inactivo, onde apenas realizará fisioterapia e treino diferenciado para após debelada a lesão retomar progressivamente os treinos com a equipa. O regresso à competição deverá acontecer somente no início do mês de Dezembro.

Legrottaglie principiou hoje a recuperação no relvado enquanto Zanetti prosseguiu o treino diferenciado em campo. Mellberg realizou apenas exercicío no ginásio e tal como Iaquinta espera-se que na próxima segunda-feira retome o treino no relvado. Camoranesi apresenta uma lesão muscular menos grave do que se previa e nos primeiros dias da próxima semana deverá voltar a treinar-se.

Novo relvado no Olímpico

Amanhã de manhã deverão estar concluídas as obras de remoção e colocação de novo relvado no estádio Olímpico de Turim.
Após a disputa de mais de 120 partidas o anterior relvado estava em péssimas condições e eram notórias grandes dificuldades dos jogadores em controlar a bola em especial na zona central do terreno e nas áreas, onde a relva já praticamente havia desaparecido...
Os trabalhos começaram na segunda-feira logo após a partida com o Palermo e a serem cumpridos os prazos, deverão estar concluídos amanhã, restando uma semana para verificar se o relvado está em condições para o jogo do Torino no próximo fim de semana.

O 'golo' mais bonito de Platini...


No post anterior dedicado a Platini falei do golo mais bonito da sua carreira obtido ao serviço da Juventus. Após busca intensiva no YouTube, escolha e retoque do vídeo com mais qualidade de imagem (é pena ser falado em japonês...) aqui ficam as imagens do mesmo. Com uma ponta de exagero pode-se afirmar que o árbitro da partida cometeu um verdadeiro crime ao invalidar um golo simplesmente perfeito em termos de execução técnica...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Craques Bianconeri: Michel Platini

Michel Platini nasceu a 21 de Junho de 1955 em Joeuf, pequena localidade situada no Nordeste de França, no seio de uma família de ascendência italiana.

Perfil
É recordado como um dos mais fiéis e melhores representantes do perfil de número 10 clássico, devido à sua prodigiosa técnica individual e à exímia visão de jogo. Excelente executante de bolas paradas, marcava bastante golos de livre e de grande penalidade, tendo ainda uma enorme capacidade de finalização. Verdadeiro líder dentro de campo, dono de uma personalidade fortíssima que o ajudou a construir uma carreira ímpar no futebol francês e italiano.
É considerado por muitos o melhor jogador francês de sempre. Na Juventus, é quase unanimemente reconhecido como o melhor jogador estrangeiro de sempre a envergar a maglia bianconera. Para muitos, é efectivamente considerado o melhor jogador de toda a história da Juve.

Nancy e Saint-Étienne
Começou aos 11 anos nas camadas jovens do emblema local onde se manteve até aos 17 anos, contratado pelo Nancy, clube recentemente promovido ao principal escalão do futebol francês. Faz a sua estreia na principal equipa em Maio de 1973 numa partida frente ao Nimes, antes de completar 18 anos. No final da época seguinte o clube é despromovido à segunda divisão, passagem fugaz, já que na temporada seguinte (1974/75) sagrou-se campeão da D2 muito graças à excelente perfomance de Platini, afirmando-se o patrão da equipa e apontando 17 golos. Na temporada seguinte faz parte da selecção francesa que se qualifica e actua nos Jogos Olímpicos de Montreal, caindo nos quartos de final aos pés da RDA. Regressado do Canadá, assina o seu primeiro contrato profissional pelo Nancy válido por três épocas. Nesse mesmo ano de 1976 estreia-se pela selecção principal gaulesa. O primeiro título surge no final da temporada de 1977/78 com a vitória na final da Taça de França por 1-0, frente ao Nice, com golo da sua autoria. No Verão de 1979 expira o seu contrato com o Nancy, não aceita renovar o vínculo e apesar de bastante pretendido por Inter e PSG assina pelo Saint-Étienne por três temporadas. Platini é ainda hoje o melhor marcador da história do Nancy com 127 golos.
O grande objectivo dos verdes ao contratarem Platini era o de tentarem vencer a Taça dos Campeões, troféu que lhes fugira na final de 1976 perante o Bayern Munique. Tal desiderato fica muito longe de ser alcançado e o único título alcançado durante o período de Platini é o campeonato francês de 1980/81. Em termos individuais, Platini afirma-se como jogador essencial na equipa, capitão e número 10 de categoria ímpar, apontando 83 golos em 145 partidas. No Verão de 1982 assina pela Juventus, que paga 880 milhões de liras pelo seu passe.

JUVENTUS
1982/83
Gianni Agnelli e Trapattoni, seduzidos pelo seu enorme talento, vêem em Platini o substituto ideal do irlandês Liam Brady, transferido para a Sampdoria e um dos grandes responsáveis pela conquista dos scudetti de 1981 e 1982. A adaptação a um campeonato mais competitivo e a integração num grupo onde pontificavam seis jogadores titulares da selecção italiana (Zoff, Scirea, Cabrini, Gentile, Tardelli e Rossi) acabada de se sagrar campeã do mundo, demorou algum tempo e só na segunda parte da temporada a verdadeira estrela de Platini começa a brilhar intensamente. A 6 de Março, em pleno estádio Olímpico perante a Roma, líder isolada da Serie A com 5 pontos de avanço, derrota a Juve por 1-0 a poucos minutos do fim, parecia decidido o scudetto desse ano, mas Platini com um soberbo golo de pontapé livre aos 83' e uma magnífica assistência para Brio aos 89' impede os festejos antecipados dos giallorossi. Poucos dias depois, nos quartos de final da Champions, a Juve defronta o Aston Villa, campeão em título. As formações inglesas dominam a prova vencendo consecutivamente as últimas seis edições, mas a Juve termina esse ascendente vencendo 2-1 em Birmingham (Platini melhor em campo e assistência para o golo do triunfo apontado por Boniek) e 3-1 em Turim com doppietta do gaulês! Na meia final é ultrapassado o campeão polaco, Widzew Lodz, 4-2 no total da eliminatória, com mais um golo de Platini.
Em Maio, a Juve chega à final de Atenas como grande favorita ante o Hamburgo, mas os germânicos vencem surpreendentemente 1-0 uma vecchia signora longe das exibições e potencial exibido nas eliminatórias anteriores. É, sem dúvida, uma das derrotas mais difíceis de digerir na história bianconera...
A aposta na Champions descurou o campeonato tendo a Juve que se contentar com o 2º lugar atrás da Roma. Platini sagra-se o melhor marcador da prova com 16 golos. A época é salva com a vitória na final da Taça de Itália, perante o emergente Hellas Verona. Após derrota por 2-0 em Verona, a Juve vence 3-0 na 2ª mão com dois golos decisivos de Platini.

1983/84
Apesar do falhanço da conquista da Champions e da Serie A, Platini vê-lhe reconhecida em termos individuais o excelente ano vencendo a Bola de Ouro da France Football de 1983.
A Juve arranca em força para a reconquista do scudetto vencendo na 1ª jornada o Ascoli por 7-0! A liderança bianconera nunca é posta em causa e no jogo do título perante o rival Torino em Fevereiro, a Juve leva de vencida os granata por 2-1 com dois tentos de belo efeito do inevitável Platini, aumentando a vantagem para 7 pontos! Até final os bianconeri geriram o confortável avanço, conjugando na perfeição com a participação na Taça das Taças, competição que venceriam em Basileia frente ao Porto por 2-1.
Platini sagra-se novamente capocannoniere da Serie A, desta vez num duelo épico com Zico da Udinese. No final, o francês levou a melhor com 20 golos, mais um que o brasileiro.

1984/95
É a época em que todas as fichas são apostadas para a conquista da Coppa Campioni! O campeonato é deixado para segundo plano, a Juve alcança apenas o 6º posto no ano em que o surpreendente Hellas Verona se sagra campeão. Platini sagra-se pela terceira vez consecutiva o melhor marcador, desta vez com 18 golos.
No final de 1984 Platini vence novamente a Bola de Ouro.
Em Janeiro, a Juve disputa a Supertaça Europeia com o Liverpool, campeão europeu. A vitória sorri aos bianconeri graças a dois golos de Boniek, sempre com Platini em grande destaque.

Na caminhada para a final de Bruxelas, a Juve depara-se com o Bordéus na semi-final, equipa onde alinhavam muitos dos companheiros de Platini na selecção gaulesa. Em Turim, a Juve vence por 3-0 com mais um golo de Platini e uma excelente assistência para o tento de Boniek. Na 2ª mão os franceses venceram por 2-0, valendo a inspirada actuação do guardião Tacconi a evitar males maiores.
A 29 de Maio voltam a encontrar-se Juventus e Liverpool, naquela que ficaria tristemente célebre como a tragédia de Heysel. Apesar dos 39 mortos, a grande maioria adeptos da Juve, a UEFA decide avançar com a final. A Juve vence 1-0 num penalty convertido por Platini no segundo tempo. O lance é controverso já que após lançamento longo de Platini para Boniek, o polaco é travado em falta fora da área, tendo o árbitro assinalado grande penalidade. Finalmente, a Juventus alcança o trono europeu, sendo a primeira equipa a vencer as três competições da UEFA, mas os festejos são breves em virtude da enorme desgraça ocorrida nesse final de tarde...

1985/86
É a época de renovação, fecha-se o ciclo vitorioso da squadra que dominou a Europa nos últimos 3 anos, saem Rossi, Boniek, Gentile e Tardelli. Chegam jovens promissores como Manfredonia, Mauro, Serena e Laudrup. Trap mantem-se como treinador e Platini como o líder da equipa.
No final de 1985 conquista a 3ª Bola de Ouro consecutiva, feito único na história do troféu.
O início da Série A é auspicioso com uma série recorde de 8 vitórias consecutivas lançando os bianconeri decisivamente para a conquista do 22º scudetto, o 2º de Platini. A nível individual 10 golos em 19 jogos pareciam querer levá-lo a um inédito 4º título de capocannoniere consecutivo, mas um fraco final de temporada em termos de finalização levam-no a apontar apenas mais 2 golos e a quedar-se na 3ª posição na tabela de goleadores.
Na Champions, após afastado o campeão italiano Verona nos oitavos de final (2-0 com um golo de Platini), cabe seguidamente em sorte o Barcelona. Depois de uma derrota em Camp Nou por 1-0 a Juve não consegue melhor que um empate a uma bola em Turim de nada valendo o golo de Platini.
Em Dezembro, a Juve parte rumo a Tóquio com o objectivo de conquistar o único troféu que ainda não figura no palmarés, a Taça Intercontinental. O adversário é o Argentinos Juniors e para muitos esta será a melhor partida na carreira de Platini, na qual toda a sua classe e capacidade de liderança emergem decisivamente. Em desvantagem logo no início do segundo tempo, a Juve chega ao empate pouco depois num penalty convertido por Platini a castigar derrube sobre Serena na área argentina. A partida é disputada em bom ritmo com qualquer uma das equipas a poder chegar ao golo a qualquer momento. Na sequência de um canto a defesa argentina alivia, Bonini cabeceia a bola para Platini, que se encontra entre a marca de grande penalidade e o limite da área. Le Roi pára a bola de peito e sempre sem deixar cair, toca de pé direito por cima de um defesa e dele próprio e com o pé esquerdo dispara forte e colocado marcando um golo extraordinário, o melhor da sua carreira! Para estupefacção geral o árbitro invalidou o lance, assinalando fora de jogo posicional a Serena, quando este em nada teve influência na jogada! A reacção de Platini fica na história do futebol ao deitar-se no chão com a cabeça apoiada no cotovelo esquerdo (foto em cima à esquerda) fixando incrédulo o árbitro e aplaudindo-o ironicamente em seguida...
Para piorar ainda mais a situação os argentinos colocam-se pouco depois em vantagem, muitos previram que fosse a estocada final nos bianconeri, o tempo escasseava, mas com uma garra tremenda e enorme vontade de vencer, a equipa lançou-se no ataque e aos 85' esplêndida triangulação entre Laudrup e Platini, o jovem dinamarquês contorna o guardião argentino e quase sem ângulo consegue colocar a bola no fundo das redes empatando merecidamente a partida! O título mundial é apenas decidido nos penalties cabendo a Platini apontar o penalty decisivo, tendo recebido muito justamente o troféu de man of the match.

1986-87
É o ano do adeus ao futebol profissional, o processo de renovação da Juventus prossegue com a saída de Trapattoni do comando técnico depois de 10 anos e de ter vencido tudo o que havia para vencer! Do grupo histórico permanecem apenas Scirea e Cabrini, Platini diz não sentir mais estímulo para melhorar e as estatísticas provam-no ao apontar apenas 2 golos na Série A. A Juventus fica-se pelo 2º posto no campeonato atrás do Nápoles de Maradona, naquela que pode ser considerada a época da passagem de testemunho entre os dois grandes números 10 do Calcio e do futebol mundial da década de 80. Também na Champions as coisas não correm bem com a Juve a ser afastada nas grandes penalidades pelo Real Madrid nos oitavos de final.
Era o fim do ciclo vencedor que teve Platini como expoente máximo. Assim a 17 de Maio de 1987 num jogo contra o Brescia, Le Roi, antes de completar 32 anos, despedia-se dos relvados colocando ponto final numa carreira brilhante.
Pela Juventus apontou 104 golos em 224 jogos tendo vencido dois scudetti, uma Taça de Itália, uma Taça dos Campeões, uma Taça das Taças, uma Supertaça Intercontinental e uma Supertaça Europeia. Individualmente conquistou três Bolas de Ouro e sagrou-se também por três vezes melhor marcador da Série A.


Selecção de França
Como jogador participou em três fases finais de Campeonatos do Mundo. A estreia no Argentina'78 esteve longe de ser perfeita com a França a ser eliminada logo na primeira fase pela selecção anfitriã e pela Itália. Quatro anos depois em Espanha, Platini surgiu mais experiente e bem secundado por uma excelente geração de valores do futebol gaulês. A meia final com a RFA foi épica, 3-3 após prolongamento! Nas grandes penalidades os alemães venceram deixando Platini com o prémio de consolação de melhor em campo. A França quedar-se-ia no 4º lugar após derrota com a Polónia no jogo de atribuição do 3º e 4º posto.
No Europeu de 1984 Platini sagra-se campeão europeu disputando uma prova simplesmente estratosférica como provam os 9 golos obtidos em 5 jogos! Foi inquestionavalmente a grande figura da competição, absolutamente decisivo para a conquista do título.
Dois anos depois a França chega ao México'86 com legítimas ambições de conquistar o ceptro mundial, a equipa era basicamente a mesma que se sagrara campeã europeia e tinha nas suas fileiras Platini, um dos melhores jogadores mundiais. Itália e Brasil foram eliminados pelos gauleses antes de nova meia final com a RFA. Tal como quatro anos antes os alemães foram a besta negra de Platini vencendo desta vez por claros 2-0. A França conquistaria o 3º lugar depois de vencer a Bélgica por 4-2 após prolongamento.
Disputou 72 jogos pelos bleus apontando 41 golos, sendo ainda hoje o segundo melhor marcador de sempre, só batido recentemente por Henry.
Em Novembro de 1988 assume o comando técnico da selecção de França. Em virtude da renovação que a equipa nacional estava a levar a cabo não se consegue qualificar para a fase final do Itália'90. Apesar do insucesso permanece no cargo e já com novos valores como Cantona, Papin ou Deschamps arranca uma fase de qualificação invicta rumo ao Euro'92 chegando à Suécia como um dos grandes favoritos ao triunfo final. Após empates com Suécia e Inglaterra uma surpreendente derrota com a Dinamarca afasta a França da meia final e Platini deixa o cargo.

Dirigente
Foi o presidente do Comité Organizador do Mundial'98 disputado em França. Em 2002 é eleito vice-presidente da Federação Francesa de Futebol e em Janeiro de 2007 vence as eleições para presidente da UEFA batendo Lennart Johansson (há 18 anos no cargo), graças a um discurso onde sobressaiam os valores da solidariedade e de uma maior democratização no futebol, o que levou muitos países do antigo bloco soviético a votarem nele. Reformulou os quadros competitivos das competições europeias diminuindo a diferença de representatividade entre os países mais ricos e pobres. Hoje em dia bate-se por uma UEFA mais limpa, com significativamente menos corrupção.