Bastaram apenas 4 dias - curiosamente o mesmo número de golos marcados em
Udine - para acabar com as euforias. A
Juve não realizou uma má partida, mas pagou extremamente caro um péssimo início de jogo, com a defesa apanhada literalmente
a pastar e Pastor(e) a não desperdiçar uma recarga em posição privilegiada. Os
bianconeri demoraram a reagir já que a ansiedade e a pressa de fazer bem atingiram sempre níveis muito elevados.
A partir de metade da primeira parte a vecchia signora assentou finalmente o seu jogo, instalando-se no meio-campo contrário, empurrando os rosaneri para as proximidades da sua baliza. Sirigu, melhor em campo, principiou então exibição inspiradíssima, efectuando uma mão cheia de belíssimas intervenções, revelando-se praticamente intransponível entre os postes, batido apenas nos instantes finais por Iaquinta. Del Piero, extremamente activo, em grande destaque no duelo particular com Sirigu e com um tiro no travessão, viu ser-lhe negada uma grande penalidade, um nítido derrube de Cassani que Orsato, em cima do lance, deixou passar em claro.
Krasic voltava a mostrar-se em grande, baralhando por completo as voltas a Balzaretti. Contudo, ninguém na pequena área dava a melhor sequência às suas jogadas. O apagado Quagliarella e o inconsequente Pepe eram as unidades de menor rendimento nos
bianconeri. Del Neri viu bem e retirou-os ao intervalo, lançando Amauri para a frente de ataque e Iaquinta para a extrema-esquerda, recuando Del Piero para
trequartista.
A Juve volta a entrar bem na segunda parte, mantendo alto o ritmo de jogo e atacando (quase) sempre pela direita, já que a esquerda, coxa, com dois destros, Grygera e Iaquinta, pouca profundidade atacante oferecia.
Del Piero não dava mostras de quebra de intensidade de jogo, mas Del Neri entendeu por bem colocar Aquilani no seu lugar à passagem da hora de jogo. Ironicamente, no minuto seguinte, Ilicic, novamente numa recarga, aponta um golo extremamente fortuito, rematando contra o chão, levando a bola a sobrevoar Storari e a anichar-se no fundo das redes da Juventus.
O encontro parecia decidido e por alguns instantes deu mostras de assim ser. No entanto, a
vecchia signora não baixou os braços, continuando a desperdiçar um rol de ocasiões mais que suficientes para dar a volta à partida. Muita infelicidade e falta de eficácia tremenda... O resultado tornou-se ainda mais lisonjeiro para os
rosaneri aos 85', quando Bovo converteu eficazmente um pontapé livre directo, ao qual Iaquinta respondeu pouco depois, apontando o golo de honra dos
juventini.
A
Juve retira uma lição importantíssima desta partida: deve entrar em campo concentrada e sem dar quaisquer espécie de veleidades no sector defensivo. O golo madrugador de Pastore marcou decisivamente o encontro e a partir daí torna-se sempre mais difícil correr atrás do prejuízo. Mesmo assim, não há que desanimar, os
bianconeri realizaram uma boa partida, faltando apenas uma pontinha de felicidade no momento da finalização.
Estrelinha essa que esteve sempre do lado do Palermo: em quatro descidas à baliza de Storari, três golos, o que, contrapondo à dezena de oportunidades de golo desperdiçadas pela
vecchia signora é obra, sem esquecer a magnífica actuação de Sirigu, e o
penalty perdoado a Cassani...
O vídeo com o terceiro resultado negativo consecutivo dos
bianconeri no Olímpico: